sábado, 20 de fevereiro de 2010

Encontros e (des)encontros...


Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.

Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...


Miguel Torga

4 comentários:

Angeles disse...

Delicioso como la musica se escucha aquí.
Besos:)

regina ragazzi disse...

Muito indo poema Maria. Bjsss

Anônimo disse...

Maria, querida, quanto prazer eu tenho em vir aqui, é sempre muito especial!
Beijos
Glória

El Drac disse...

Como é triste quando o amor não é correspondido, embora eu deva dizer que a ficção está tudo bem do seu talento quando o viu como é bonito.