sexta-feira, 14 de agosto de 2009

HÁ MOMENTOS...


Há momentos em que as
palavras não resolvem
Não traduzem mais a
saudade que me consome
E as frases já não têm sentido...
E o pranto contido molha o papel
E nesses momentos, as letras
dão lugar às lágrimas
Os sonhos se confundem aos fantasmas
E a alma se retalha em farpas
As horas... Traiçoeiras e ingratas
E as lembranças tateiam a pele
Feito agulhas que o peito fere
E as palavras...
Uma a uma se perdem
Não há verso que a dor supere.


(Sirlei L. Passolongo)

Poeminha Amoroso



Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo..."

Cora Coralina

"Sou o que quero ser, porque possuo
apenas uma vida e nela só tenho uma
chance de fazer o que quero. Tenho
felicidade o bastante para fazê-la doce,
dificuldades para fazê-la forte, tristeza
para fazê-la humana e esperança
suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não têm as
melhores coisas, elas sabem fazer o
melhor das oportunidades que
aparecem em seus caminhos."

Clαrίcє Ŀίѕρєctσr

Fio


No fio da respiração,
rola a minha vida monótona,
rola o peso do meu coração.

Tu não vês o jogo perdendo-se
como as palavras de uma canção.

Passas longe, entre nuvens rápidas,
com tantas estrelas na mão...

- Para que serve o fio trêmulo
em que rola o meu coração?

Cecília Meireles