sábado, 4 de setembro de 2010

Violeiro de Picasso


Dedilhando em verso triste
Acordes submissos ao chão
Sentado se posta canção
Numa vida que não existe

Dedilhando em quadro torto
Cubismo e ate expressão
Impressionismo se faz de morto
Na visão de meu irmão

Em cores se faz a arte
E a vida imita em parte
Voa som voa amigão
Desse tolo sem noção

Violeiro de olhar fixo
Dedos calos dedos ralos
De pés no chão rachado
A viola é seu achado

A vida lhe ensinou sonhar
Cantando assim esse refrão
E olhar num lindo quadro
Sonhando se faz ó meu irmão


André Fernandes