Mostrando postagens com marcador Conceição Bentes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Conceição Bentes. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Silêncio de cada dia


Em cada dia
silêncios surgem
em retalhos de estrelas,
colhidos nas frestas
do meu inverno oculto

Sussurra a noite fechada
dentro de mim,
a palavra não respondida,
o passo lento da espera,
o caminho do tempo submerso

Represento a dúvida
do meu não saber,
as trilhas desfeitas do meu ser,
buscando o falar
distante do meu ouvir

Conceição Bentes


Clique aqui e escolha a sua no Site TonyGifsJavas.com.br

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Caminhos opostos


Sou o destino
antes do princípio
ou depois do fim,
com cheiro de antigamente
rompendo névoas,
revestindo de couraças
a imutável eternidade

Esqueço meus passos medrosos
batendo nas asas da liberdade,
a incerteza revelada
de um tempo sem cor
da espera sem dor

Tudo é hipotético
nos dias avulsos que marcam
a casualidade transbordante
abarcando caminhos sem dores
sem acenos, até o nada!


Conceição Bentes

sábado, 29 de agosto de 2009

Entre o Espaço e o Tempo


nas palavras que escrevo
retirando de mim
a essencialidade do nada

Volto ao meu limite
num indisfarçável temos
vendo que nada sou
e o que perdi
é acrescentado em ti

Sou fruto do Universo
enviada em cores
nas gotas de orvalho
exposta ao delírio do destino

Aporto em ilhas de sonhos,
nos lampejos da coragem
indo além de todos meus passos,
encontrando sentido nos desejos
e na realidade,
perco minhas máscaras


Conceição Bentes

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Eis-me aqui!


Eis-me aqui
na luz dos olhares que se cruzam,
entre a neblina que se desfaz
em meio a tantos ou uma, das palavras,
no silêncio tão breve que se refaz

Volto no limiar exato do inacabado,
deflagrando o desamparo da memória
na construção palpável das palavras
habitando constelações
antes nunca navegadas

Não sou mais que isto:
sonhos inventados,
finalidade e drama sem enredo,
herança sem segredo

Conceição Bentes

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Luz



Guardo a luz em velas
Que se dissolvem ao sol
Nas lindas manhãs
E nas mãos aqueço
A luz fria da noite
Onde as cores escurecem
Os sentidos claro da alma
Guardo as palavras sem cores
Entre os sonhos e segredos
Lembrando escrituras e estórias
Que não reviverei
Olho um horizonte distante
E adormeço com anseio
De alcançar coisas
Que nunca conheci

Conceição Bentes