sexta-feira, 22 de abril de 2011

CONSTELAÇÃO


Sou estrela que reluz,
nos olhos da noite,
escura de solidão,
que ilumina sonhos,
perdidos na imensidão.
Sou estrela cadente,
que alimenta beijos,
na boca da noite,
na língua do vento,
até o amanhecer.
Sou estrela carente,
que tudo suporta,
que faz do passado,
um futuro presente,
na negritude da alma,
vazia de estrelas
que se faz ausente.
Sou estrela guerreira,
que levita faceira,
nas pegadas da noite,
vasculhando a mercê
dos ventos errantes,
procurando você.


Luz Miranda