
A lágrima com o brilho do cristal,
banha o teu rosto, a tua história;
a maior força do bem sobre o mal,
traça as honras da tua vitória...
O corpo, pelo tempo enclausurado,
um sacrário da mais torpe agrura;
o sonho que nunca foi realizado,
torna-se passado, nesta brandura...
Transmuta-se num renovado mel,
tão doce quanto a seiva do prazer,
tão bonito quanto ao mais belo céu...
Assim, como marco do bem querer,
cria-se a esperança nesse imaginário,
a ser guardada num fino relicário...
Oswaldo Genofre