domingo, 14 de agosto de 2011

Pai,

Nos pesadelos da noite escura,
Secavas meu pranto e me carregavas;
Em desespero, eu apenas chorava...
Não via o mundo... - Meu espírito era puro!... -

Sem entender, eu estava seguro,
Sentia na pele teu suor da estrada;
Construías pra mim tua paz sonhada,
Cada tijolo teu era o meu futuro!

Sem quinhão, querias manter meu sorriso;
E a alegria triste?...De improviso? ...
E a fome e sem dinheiro no bolso!?

Hoje... Tudo foi um sonho!... E eu me agito!
O leite minguado estancou meu grito;
— Não canso de acariciar teu rosto!

Machado de Carlos