quinta-feira, 10 de junho de 2010

Como irei vestida?


Irei vestida de noite cintilante
cada estrela
me emprestará
uma centelha
de sua luz viajante
para eu pingar no olhar.

Depois me despirei,
Me cobrirei com um véu de versos
de amores inconfessos.

Exporei minha pele de relva
que cobre esta humana selva
meu corpo
vivo e verdejante.

Depois deitarei-me
defronte a estante
E lerei versos delirantes
de puro amor inexistente.

Insistentes
esperançosos
e sem dor.

versos... meus simples versos
que despem-me e aliviam o calor.

Versos...universos feitos de amor.
Laços escaços,
estilhaços transformados em luz, em cor.


Ana Laura Kosby Lyra