quarta-feira, 9 de setembro de 2009

DIVINIZAÇÃO


Eu vou cantando aqui minhas canções
que são como resinas adoçadas
esmagachadas no correr da noite.

Vou apertando aqui os meus rosais
um meu amor e grande, em cada rosa,
um beijo meu em cada broto brando...

Eu vou cantando no correr da noite
uma cantiga por ninguém cantada...


(Pablo Neruda - do livro: O rio invisível)

Nenhum comentário: