terça-feira, 18 de maio de 2010

Caravelas



Na ânsia de encontrar
alguém para se amar,
almas sofridas e solitárias
lançam o coração ao mar.

Na forma de caravelas
movidas ao sabor do vento
as vezes na calmaria,
outras, em meio ao tormento.

Navegam em busca do tesouro
que é um verdadeiro amor.
Mas nem sempre conseguem
e atracam no cais da ilusão e dor.

Marujos! como dizia Camões:
"Navegar é preciso"
Porém, se não aportam
na terra de amor prometida:

Levantem âncora e partam
continuem pelos mares a procurar,
pois o importante nessa busca:
é manter o coração a navegar!


Valter Montani

22 comentários:

Anônimo disse...

Maria, quando não temos um cais seguro para aportar, sentimo-nos cansados e perdidos em alto-mar.
Hoje estou me sentindo muito cansada. Não sei mais para que porto apontar(ou aportar).
Beijooos
Glória

Crista disse...

Acertando sempre com tuas postagens!!!
Beijosss...

Clecilene Carvalho disse...

Estou terminando a revisão de minha monografia, estou muito atarefada, mas não podia deixar de retribuir o desejo de feliz noite.
Seus comentários são notas afinadas que invadem o coração.

Beijos e parabéns pela escolha... Corações a navegar.

Anônimo disse...

A vida um barco
tudo real, tudo ilusão...

Um beijo

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Boa noite, meu bem!
Grata por sua preciosa visita!

"Você é como uma reunião de chocolate
Tem talento, tem prestígio...
... Vale mais que ouro branco,
Brilha mais que diamante negro,
E quem tem sua amizade pede bis!!!" (Deffanny)
Bjkas, muuuuitas!
Sônia Silvino

Machado de Carlos disse...

Que bom que você veio! É sempre maravilhoso receber beijo na alma. Um beijo espiritualizado. De muita Luz. Precisamos de Luz.

Obrigado Sempre.

EDUARDO POISL disse...

Lindo poema, teu blogger é lindo demais.

Abraços

IVANCEZAR disse...

Vim conhecer teu blog - gosto de quem gosta de poesia - e deixo meus parabéns . Espero ter a honra de tua visita para conhecer os versos que escrevo. Passo a seguir-te,também.

Emilene Lopes disse...

Nunca desistir de amar, nunca deixar de navegar neste mar que nos leva a uma terra prometida de amor e descanso da alma.
Bjs
Mila

Pizarro disse...

Pasaba a saludarte.
Precioso versos.

EL AVE PEREGRINA disse...

Navegar na procura do amor e navegar con ardor e entusiasmo,é apostar ese desafío ante a gran ola...é ser valente...

Quèdome con:

Levantem âncora e partam
continuem pelos mares a procurar,
pois o importante nessa busca:
é manter o coração a navegar!

Un bico e bo día.

Maria disse...

MARIA,

NADA MELHOR QUE NOSSO CORAÇÃO PODER NAVEGAR...

LINDO COMO SEMPRE, NAVEGAR EM TEU CANTINHO AQUECE A ALMA.

:)) BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

*lua* disse...

Mesmo que a caravela afunde ... desistir jamais, apenas uma nova caravela mais forte será construída para o encontro do grande amor!!!

um beijo minha linda!

Eu disse...

Belíssima escolha Maria. O Valter é um grande poeta!

Beijos com meu carinho

franciete disse...

Minha querida que a vida te sorria logo pela manhã, todos os dias de sua vida, beijinhos de paz e amor.

valterpoeta.com disse...

Obrigado por divulgar, eu gosto muito deste texto pois o escrevi inspirado em um poema da Florbela Espanca com o mesmo nome e aproveitei para colocar uma pitada de Camões. bjs querida

aapayés disse...

Bello es descubrir tus entradas.. me quedo siempre admirándote mas .. gracias por compartir..

Un abrazo
Saludos fraternos..

PD: por problemas con el ordenador he estado ausente.. pido disculpas..

poetaeusou . . . disse...

*
navego,
na tua caravela,
,
bela escolha,
,
conchinhas,
*

TOP SECRET disse...

Lá vem a Nau Catrineta,
que tem muito que contar!
Ouvide, agora, senhores,
Uma história de pasmar."

Passava mais de ano e dia,
que iam na volta do mar.
Já não tinham que comer,
nem tão pouco que manjar.

Já mataram o seu galo,
que tinham para cantar.
Já mataram o seu cão,
que tinham para ladrar."

"Já não tinham que comer,
nem tão pouco que manjar.
Deitaram sola de molho,
para o outro dia jantar.
Mas a sola era tão rija,
que a não puderam tragar."

"Deitaram sortes ao fundo,
qual se havia de matar.
Logo a sorte foi cair
no capitão general"

- "Sobe, sobe, marujinho,
àquele mastro real,
vê se vês terras de Espanha,
ou praias de Portugal."

- "Não vejo terras de Espanha,
nem praias de Portugal.
Vejo sete espadas nuas,
que estão para te matar."

- "Acima, acima, gajeiro,
acima ao tope real!
Olha se vês minhas terras,
ou reinos de Portugal."


- "Alvíssaras, senhor alvissaras,
meu capitão general!
Que eu já vejo tuas terras,
e reinos de Portugal.
Se não nos faltar o vento,
a terra iremos jantar.

Lá vejo muitas ribeiras,
lavadeiras a lavar;
vejo muito forno aceso,
padeiras a padejar,
e vejo muitos açougues,
carniceiros a matar.

Também vejo três meninas,
debaixo de um laranjal.
Uma sentada a coser,
outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas,
está no meio a chorar."

- "Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-de casar"

- "A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar.
Que eu tenho mulher em França,
filhinhos de sustentar.
Quero a Nau Catrineta,
para nela navegar."

- "A Nau Catrineta, amigo,
eu não te posso dar;
assim que chegar a terra,
logo ela vai a queimar.
- "Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual."

- "Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar."
- "Dar-te-ei tanto dinheiro
Que o não possas contar"

- "Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar.
Quero a Nau Catrineta,
para nela navegar.
Que assim como escapou desta,
doutra ainda há-de escapar"

Lá vai a Nau Catrineta,
leva muito que contar.
Estava a noite a cair,
e ela em terra a varar.

Almeida Garrett,

Eduardo Henriques disse...

O mar, só foi mar, depois do Tormentoso vencido. As mãos deram-se. Os lábios beijaram-se. O mundo estreitou-se. Houve muita desordem. Mas também muito amor.
O seu poema, tem a beleza do mar a espelhar o azul do céu.
E a força do movimento, quando o Cerúleo desce no horizonte mais negro que o breu.
É lindo o que escreveu

A FORÇA É DIVINA
Em ondas brancas e mareantes.
Que no longínquo se formam ondulantes
A convidar os navegantes.
Zarpam os lusitanos argonautas.
Ao som de melodiosas flautas.
No azul do Céu, os anjos.
E todos os arcanjos.
Vigiam as caravelas
Com a Cruz de Cristo em suas velas.
E mais alto, no azul das Divindades.
As Celestiais Santidades.
Abençoam o Luso empreendimento.
De dar do mundo cabal conhecimento.
Homens, velas e os elementos.
Quantos tormentos.
Cerúleo de azul calmaria.
Ó Virgem Maria.
Sopra à vela alguma ventania.
Que a bom rumo seja capitania.
Céu de argênteo tenebroso.
Mar alteroso.
Mas no topo da mastreação
Que irá alargar a Lusa Nação.
Formas Divinas continuam em aclamação.
Ajudando e apoiando a Lusa navegação.
Assim, as Lusas caravelas sulcam os mares.
Na construção de dar ao mundo melhores altares.
Eduardo Dinis Henriques
http;//muitopioresqueosfilipes.blogspot.com
Cordiais cumprimentos

legalmente loira... disse...

maria querida,
aqui tudo é magico.
seus posts encantam e você especial.
adoro vir aqui para recaregar as energias.
linda noite.
bjos.

Tatiana Aguilera disse...

Navegar a contracorriente, con viento pero nunca dejar de navegar...
Bonito blog, un beso.