domingo, 13 de setembro de 2009


Sempre estremeço ante a poesia.
A amendoeira,os pássaros,o bosquezinho onde você está,
as flores que você não vê,a janela aberta sobre a qual eu me debruço
e sonho que você está encostado em meu ombro,
às vezes em que sua fotografia parece triste.


Mas quero escrever,sobretudo eu quero escrever
uma espécie de longa elegia para você.
Talvez não em poesia. Nem em prosa, talvez.
Quase com certeza num tipo de prosa especial.

E,por fim,quero manter um caderno de notas para ser publicado algum dia.
Só isso. Nem novelas, nem histórias de problemas,
nada que não seja simples e transparente.

Katherine Mansfield

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