quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Perfumador de Flores


Eis minha vida
que ninguém conhece;
minha eterna lida
suave parecendo prece...
Não tenho nome;
nem tenho cor;
não passo fome;
vivo de flor...
Sou um designado:
o Perfumador de Flores;
vou nos jardins, vasos,
buquês de amores...
Porém, camélias,
dálias e margaridas,
preferem ser sérias,
um tanto contidas...
Transfiro, sendo assim,
o perfume que delas era,
para a rosa e o jasmim
fazerem primavera...
Ao sentires fragrância
numa flor ou no ar,
saiba que minha ânsia
vive por perfumar...

(Heinze)

2 comentários:

EDUARDO POISL disse...

Que lindo este poema.
Abraços

Unknown disse...

Obrigada Eduardo.
Bom ter voce aki.Volte sempre!