sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Geometria dos ventos


Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao
mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia.

Rachel de Queiroz

2 comentários:

Manu disse...

Olá Maria!

A poesia revela nossa essência
os defeitos e todos os temores
é também saudade pela ausência
sentimento p'los eternos amores

Já muito foi dito para definir a poesia. Quem está certo? Talvez todas as definições se justifiquem. Beijos

Unknown disse...

Obrigada Manu!
Já me acostumei com sua visita diária.
Beijos prá ti.

Bom Fds!!