domingo, 5 de junho de 2011

Amor entre almas...


Amor entre almas...
Não se procura,
não se pede,
não se exige...
Simplesmente acontece
quando menos se espera.

Amor entre Almas
É amor doação
sinceridade, fidelidade,
dedicação,ternura ,
prazer, emoção.
Não importa a distância.

Amor entre almas
é um resgate de vidas
que chega ao fim no
sublime ato do reencontro
com sua alma gêmea
tão amada ontem,
tão vivenciada no hoje.

Amor entre almas
não é só desejo e sexo.
É querer e sentir
a presença do ser amado
dentro do coração.
É precisar um do outro
como a borboleta e
a abelha precisam da flor

Amor entre almas
É tão intenso,
tão sentido por nós...
que ninguém,
nem mesmo o tempo
consegue apagar
de nossas vidas.


Marilene Laurelli Cypriano

terça-feira, 31 de maio de 2011

Chão de Estrelas


Há sempre um inverno por escrever
Uma página por virar
Um amor por esquecer
Um olhar pra se encontrar...

Há sempre uma luz por acender
Um sorriso por guardar
Um nó por desatar
Uma saudade pra lembrar...

Há sempre um fim de tarde por colher
Um verso por desenhar
Um sonho por querer
Uma paixão por queimar...

Há sempre uma verdade por saber
Um silêncio por chorar
Uma solidão pra esconder
Uma ferida por sangrar...

Há sempre uma palavra por dizer
Uma voz por se calar
Uma alma por sofrer
Uma vida por salvar...

Há sempre uma lua a iluminar
Um coração por se perder
Um leito por aquecer
Porque o poeta dorme
Em um chão de estrelas...

Márcia Cristina Lio Magalhães

domingo, 22 de maio de 2011

O Som do Amor


E queixou-se o Querubim
que no céu havia nuvens
E queixaram-se as nuvens
que anjos pousavam nelas...

E enquanto todos queixavam-se
o serafim brincava no céu
com uma rosa na mão...

Parecia distraído, o anjo
mas na cinta de ouro portava
uma harpa bela e brilhante
era o som que tocava
o amor do mais alto, distante...

Enquanto a humanidade chorava
o anjo no céu tocava
uma melodia feliz
que nem todo coração ouvia

Pois que só ouve o som do amor
aquele que olha a flor
e lembra que em sua morada
o som do anjo e a enxada
são antagonismos existenciais
nas mãos do bom pastor...


Mando Mago Poeta

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vesperal

Dentro do véu da tarde silenciosa,
os jardins adormecem a sonhar...
Choram, sonhando, a sorte de uma rosa
que vai morrer nos braços do luar.

Dentro do véu da a tarde silenciosa,
alguém soluça, erguendo os braços no ar,
uma velha balada dolorosa
de um grande amor que ninguém soube amar...

Pela tristeza de um longínquo olhar,
dentro do véu da tarde silenciosa,
beijo uma sombra que me faz chorar.

Canta um repuxo na hora vaporosa...
Quantas flores ainda vão tombar
dentro do véu da tarde silenciosa...


Onestaldo de Pennafort


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Momentos Felizes


Ela – o resumo da Terra, Ar e o Céu!
A rainha de todos os vendavais!...
Veio clarear os meus dias anormais;
Juntos, juramos o eterno anel...

Ela tem o corpo todo de mel;
Nosso amor tem gosto de quero mais!...
... lambuzamos dos prazeres divinais!
(— Indizível teu gozo, Rapunzel!...)

Perco-me ao som de sua orquestra...
Meu espírito volve sempre em festa!
Reinicio a viagem no seu corpo de bronze!

Um coral de vozes canta no Empíreo;
Etéreo e eterno é o nosso delírio!
Sou o D. Juan do seu corpo de bronze!...


Machado de Carlos

sábado, 7 de maio de 2011

MARIA...MÃE

MARIA, és Rainha de todas as mães!
Cada mulher-mãe traz de ti um fino traço.
Como bendita tu multiplicas os pães
Da ternura e os envolve em divino abraço...

MARIA, entre todas foste a escolhida!
O teu santo nome há muito escrito no Céu!
Com o teu SIM, tu nos deste o Senhor da Vida
Para expulsar de nós o sentimento incréu!

MARIA, Mãe puríssima do Divino Amor!
És também nossa Mãe em luz e esplendor,
Oh, excelsa Mulher escolhida por Deus!

Por seres Mãe de Deus, no amor e na alegria,
Querer negar-te o excelso vulto é heresia...
Perdão, Mãe, pelos incrédulos filhos teus...


J. Udine - 05-05-2011


sexta-feira, 22 de abril de 2011

CONSTELAÇÃO


Sou estrela que reluz,
nos olhos da noite,
escura de solidão,
que ilumina sonhos,
perdidos na imensidão.
Sou estrela cadente,
que alimenta beijos,
na boca da noite,
na língua do vento,
até o amanhecer.
Sou estrela carente,
que tudo suporta,
que faz do passado,
um futuro presente,
na negritude da alma,
vazia de estrelas
que se faz ausente.
Sou estrela guerreira,
que levita faceira,
nas pegadas da noite,
vasculhando a mercê
dos ventos errantes,
procurando você.


Luz Miranda

segunda-feira, 18 de abril de 2011

De coração pra coração.



Vem mais pra cá, chega pra mim
Quero sentir esse som de amor
E ficar assim
Na sintonia da emoção
De coração pra coração.
Eu sou assim, um sonhador
Que encontrou nessa vida
O caminho do seu amor
Deixa o seu beijo me mostrar
O que você não diz, vem cá.
Por essa madrugada afora
Seu beijo no amanhecer
Nós somos só nós dois agora
E tanta coisa pra dizer.
E tudo isso faz sentido
Você me faz compreender
Que tudo é muito mais bonito
O tempo todo com você.
Você e eu e nada mais
E os nossos beijos tem sempre o sabor
De te quero mais
Então não deixe pra depois
Tudo é bonito entre nós dois.
Somos assim, sonhos iguais
A vida cheia de coisas tão lindas
Que a gente faz
Na sintonia da emoção
De coração pra coração.


Roberto Carlos

domingo, 10 de abril de 2011

És minha musa

A chama que aquece meus versos,
o sorriso de minha poesia,
o calor de meus poemas...

És a inspiração que dormia,
a realidade de meus sonhos,
os sonhos de minha mocidade.

E vou descalço pelo caminho,
sentindo o cheiro da terra molhada
com a lembrança tu, minha amada!
E uns versos cantando sem pensar em mais nada...

Quando sentires o perfume do campo,
entrando pela sua janela,
será minha canção mais bela
sonhando com sua chegada...

Mando Mago Poeta

sexta-feira, 25 de março de 2011

PRÁ NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE TANGO

Esta noite Gardel voltará
com o mesmo terno de linho,
nas mãos as brancas gardênias
e o chapéu Panamá.
Sob o acordeón que inebria
dançaremos o mesmo tango
que um dia lá no passado
eu aprendi a gostar.
Em sinuosos momentos
no deslizar de suas mãos,
trançaremos nossos pés
rodopiando pelo salão.
E no bailar compassado
reviveremos nosso amor:
olhos nos olhos,sedentos
e o beijo tão aguardado.
A vida é como o tango:
drama,vigor ,sensualidade.
Nosso amor é assim:
tango,paixão e saudade ...


MARCIA TIGANI

domingo, 20 de março de 2011

Bilhetes



Alguns escrevem pela arte,
pela linguagem,
pela literatura.
Esses, sim, são os bons.
Eu só escrevo para fazer afagos.
E porque eu tinha de encontrar um jeito
de alongar os braços.
E estreitar distâncias.
E encontrar os pássaros:
há muitas distâncias em mim
(e uma enorme timidez).
Uns escrevem grandes obras.
Eu só escrevo bilhetes para escondê-los,
com todo cuidado,
embaixo das portas.

Rita Apoena

quarta-feira, 16 de março de 2011

Conversa com as estrelas

Hoje, eu fui conversar com as estrelas,
Acima das alvas nuvens, eu fui parar,
Fiquei ansioso, mas tão feliz ao vê-las,
Naquela tão maravilhosa, noite de luar!

Fui com uma brisa que, estava passando,
Sem rumo, mas indo pros altos dos céus,
No caminho, fui guiado pelos pirilampos,
Que, leves e faceiros, bailavam ali, ao léu!

Fui falar do meu grande e, único amor,
Que meu coração, conseguiu conquistar,
Deu luz à minha’ lma e me fez apaixonar!

Tão linda e perfumada, tal a rosa em flor,
Com a sua eterna primavera, de esplendor,
Assim é esse meu grande e, único amor!!!!!


Poeta Cigano.

sábado, 12 de março de 2011

Seio de Minas


Eu nasci no celeiro da arte
No berço mineiro
Sou do campo da serra
Onde impera o minério de ferro
Eu carrego comigo no sangue
Um dom verdadeiro
De cantar melodias de Minas
No Brasil inteiro
Sou das Minas de ouro
Das montanhas Gerais
Eu sou filha dos montes
Das estradas reais
Meu caminho primeiro
Vi brotar dessa fonte
Sou do seio de Minas
Nesse estado um diamante.

Paula Fernandes

quarta-feira, 9 de março de 2011

A ESSA GRANDE MULHER



Maria... Santa Mulher...
Escolhida e anunciada,
em seu ventre de Virgem
pura e casta, se fez templo,
se fez morada.
Maria... Doce Mulher, lírio
sem mancha.
Imaculada que disse Sim a
Deus na promessa da
Salvação preparada.
Maria... Mulher e Grande
Mãe dos que cantam, dos
que choram, dos que imploram.
Maria... Santa Mulher de
todas as vidas, de todas as
horas.
Maria... Santa Mulher e
Nossa Senhora, mãe do
Menino Jesus, que se fez
rainha de toda luz.
Maria... Mulher e espelho
de todas as mulheres, que
refletem Deus aos olhos do
mundo.

_ o.vasconcelos _

sábado, 5 de março de 2011

MÁSCARA NEGRA


Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou
E te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou
E te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval

Zé Kéti e Pereira Matos

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Pierrot, Colombina (e Arlequim)



Enquanto o show não termina,
Nossas casas são as ruas, e eu de Pierrot.
Carnaval nos olhos, vem você de Columbina,
E ficamos nós, par de um ímpar amor.

E seu passo de dança no meu se combina,
Um leque refresca o Fevereiro calor.
Você, mais à vontade, lá na esquina
Brincando com brincos e roupas de toda cor.

Eu, Pierrot, triste fico ao ver-te com Arlequim:
A lágrima desenhada no rosto, se multiplica
E o meu coração de bobo em pedaços que fica.

Mas nunca desisto de ter seu amor pra mim:
A moça Colombina , que em beijos quero ter,
Nunca me vê... eu a amo e ela ama outro ser!


Poemas do samuel (BloG)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"ÁGUA DE REMANSO"

Cismo o sereno silêncio:
sou: estou humanamente
em paz comigo: ternura.

Paz que dói, de tanta.
Mas orvalho. Em seu bojo
estou e vou, como sou.

Ternura: maneira funda
cristalina do meu ser.
Água de remanso, mansa
brisa, luz de amanhecer.

Nunca é a mágoa mordendo.
Jamais a turva esquivança,
o apego ao cinzento, ao úmido,
a concha que aquece na alma
uma brasa de malogro.

É ter o gosto da vida,
amar o festivo, e o claro,
é achar doçura nos lances
mais triviais de cada dia.

Pode também ser tristeza:
tranqüilo na solidão macia.
Apaziguado comigo,
meu ser me sabe: e me finca
no fulcro vivo da vida.

Sou: estou e canto.


-THIAGO DE MELLO-

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A fonte e a Flor



"Deixa-me,fonte!"Dizia
A flor,tonta de terror.
E a fonte,sonora e fria,
Cantava,levando a flor.

"Deixa-me,deixa-me,fonte!"
Dizia a flor a chorar:"Eu fui nascida no monte...
"Não me leves para o mar".

E a fonte,rápida e fria,
Com um sussurro zombador,
Por sobre a areia corria,
Corria levando a flor.

"Ai,balanços do meu galho,
"Balanços do berço meu;
"Ai,claras gotas de orvalho
"Caídas do azul do céu!..."

Chorava a flor,e gemia,
Branca,branca de terror,
E a fonte, sonora e fria
Rolava,levando a flor.


Vicente de Carvalho

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

PRECE


Oh criatura luzente de afetos frêmitos,
De intensos prazeres, de doutrina leve,
Que na epístola mordica se descreve;
E que se desfaz, e se lança ao infinito...

Criatura de imensa voz, e de um mito;
Do irreal dos louvores, único e breve,
E das palavras, que sombria se escreve
O amor, desleal de solidão, e maldito...

Oh ser que de paixão fremida se renova,
Que se arremessa, e que se prova
Na imortal combustão de suas dores...

De o seu ventre alimenta-me em calor,
Traz-me o seu fruto, imune de dor;
O de igual coração, o de seus amores!


Poeta Dolandmay

domingo, 13 de fevereiro de 2011

PÉTALAS DE AMOR


Junto sob os dedos as pétalas
e ao toque sinto a maciez sedosa,
como um carinho pele à pele, estremeço
igual ao vento eriçando a rosa.

Componho a nossa canção de amor
dedilhando as notas com emoção,
declamo os versos com ardor
e a alma chora, aliviando o coração.

A lua nova a se renovar
e o céu infinito a cintilar,
olho bem alto e choro a dor
do tempo que carregou o nosso amor.


AMARILIS PAZINI AIRES

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A lágrima que caiu


Hoje caiu uma lágrima
Não de tristeza,
Apenas caiu, veio rolando de cima
Escorregando em sua beleza.

Hoje caiu uma lágrima roubada
Sentimento profundo, latente
Caiu, desfazendo-se na madrugada
Libertando-se de forma valente

Hoje ela caiu, mas sem aquele véu
Parecendo uma pequena tempestade
Vista descendo do céu.

E foi aquele sentimento louco
Que veio como uma majestade
Aliviando o peso do meu corpo


Betânia Uchôa

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sedução


A poesia me pega com sua roda dentada,
me força a escutar imóvel
o seu discurso esdrúxulo.
Me abraça detrás do muro, levanta
a saia pra eu ver, amorosa e doida.
Acontece a má coisa, eu lhe digo,
também sou filho de Deus,
me deixa desesperar.
Ela responde passando
a língua quente em meu pescoço,
fala pau pra me acalmar,
fala pedra, geometria,
se descuida e fica meiga,
aproveito pra me safar.
Eu corro ela corre mais,
eu grito ela grita mais,
sete demônios mais forte.
Me pega a ponta do pé
e vem até na cabeça,
fazendo sulcos profundos.
É de ferro a roda dentada dela.

Adelia Prado

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SAMPA



Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

(Caetano Veloso)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

PURA BELEZA


Quero fazer versos belos como cânticos sacros,
Quero o olhar cativo da mulher que me enfeitiça,
Uma brisa fresca que me afague a pele, o rosto
E um riacho a riscar a verde relva da cidade.

Quero os seres todos irmanados como desejava
São Francisco em sua bondade absoluta.
Quero orquestras com pianos, violinos, clarinetes
Acordando as luzes e manhãs do meu país.

Quero a noite harmoniosa e prateada
Em cantigas tão bonitas, suaves, comoventes,
Que os olhos dessa gente vertam lágrimas.
Quero a plena volúpia varando as madrugadas
E as manhãs encontrando os poetas aturdidos
Com motivos tão vários para suas poesias.


Barão da Mata

sábado, 15 de janeiro de 2011

PALAVRAS AO VENTO

Faça eclipse de teu olhar no meu,
Encontre em meu beijo
A mansidão que te conforta
E permita-me voar... sem tirar os pés do chão.

Sou tela já preparada para os teus contornos,
Pássaro cativo a espera de tuas asas,
Vale de desejos, vertente de bem querer,
Mar sereno em busca de tuas ondas
E de tuas intensidades.
Cascatas de saudade em cada amanhecer.

Estrela cadente a procura de teu céu,
Borboleta sem bosque aguardando teu abrigo,
Beija-flor sem jardim em busca de teu mel.

Sem você o sol brilha, mas não retém calor.
Noite fica sem luar, coração chora ao relento.
Rimas não encontram versos, poesias sem amor,
Palavras contidas, rasgadas...
Lançadas sem rumo...
Jogadas ao vento.

Regina Xavier

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Se possível!



Não tente me explicar
Eu não vim com manual
Nem tão pouco sigo as cartilhas
Vá pela intuição, pelo coração
Não tema errar, não entender
Sou fragmento não tenho forma
Não me explique não me entenda
Apenas me ama se possível!

Santaroza

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Relicário

A lágrima com o brilho do cristal,
banha o teu rosto, a tua história;
a maior força do bem sobre o mal,
traça as honras da tua vitória...

O corpo, pelo tempo enclausurado,
um sacrário da mais torpe agrura;
o sonho que nunca foi realizado,
torna-se passado, nesta brandura...

Transmuta-se num renovado mel,
tão doce quanto a seiva do prazer,
tão bonito quanto ao mais belo céu...

Assim, como marco do bem querer,
cria-se a esperança nesse imaginário,
a ser guardada num fino relicário...

Oswaldo Genofre

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2011 CHEGANDO..........SELINHOS PRÁ VOCES

NESTE FINAL DE ANO DEIXO AQUI O MEU CARINHO PRÁ TODOS QUE AQUI ESTÃO COMIGO.
E AQUI VOS ESPERO EM 2011 PRÁ SEGUIRMOS NOSSA JORNADA COM AMOR, CARINHO E AMIZADE !
UM BEIJO CARINHOSO NO CORAÇÃO DE CADA UM DE VOCES!

FELIZ ANO NOVO!!

M@ria


http://marialbozolipoesias.blogspot.com/

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

É Natal...


Esquecemos os que vivem na solidão,
Seu olhar triste... e tão cinzento,
Que choram seu tamanho lamento,
Nas lágrimas frias... sem emoção!

Esquecemos a fome, dos que passam,
A paz dos que lutam o sofrimento,
O amor dos que sofrem em tormento
Por entre a vida que lhes diz... não!

Ai se apenas, apenas uma Estrela
Caísse na palma da minha mão...
Eu a manteria aberta, para vê-la,

Brilhar em vosso sofrido coração,
Penetrando vossa alma e aquecê-la,
Acendendo vosso olhar na escuridão!


Loucopoeta