sexta-feira, 13 de novembro de 2009

“Memória ao Poeta”


Andei apagando das linhas
Palavras perdidas sozinhas
E aquilo que nada continha
Poemas e rimas sem vida.

E andei procurando o poeta,
Mas meu coração não se engana
Pois sabe do amor sua chama
E quem com as mãos o proclama.

Porque só quem tira da entranha
O dom mais profundo da alma
Viaja nos seus sentimentos
Na estrada da história e do tempo.

E há de bordar os momentos
Com lúcidas linhas de encanto
Com mágicas feitas de versos,
E hão de chamá-lo poeta.


(Caito Spina)

Só tu sabes os segredos mais íntimos de mim
e conheces os medos, mistérios e enredos
que do princípio ao fim me percorrem os dias.

Mas também as alegrias que partilho contigo
todas, uma por uma, sem que exista o perigo
de te esconder alguma.

Só tu sabes como sou, embora imperfeito,
alguém que se moldou à curva do teu peito.


Torquato da Luz