sexta-feira, 30 de abril de 2010
Sou liberdade... Sou brisa... Sou carícia...
Sou livre, livre pra sempre.
Não tenho mais, meu coração partido,
Não tenho mais, a dor do amor perdido.
Sou liberdade, solta como as nuvens.
Posso repousar, posso voar quando quiser.
Sou livre, me despi dos meus medos,
Me livrei dos fantasmas,
Me livrei das culpas.
Tirei a máscara da ironia,
Sou um ser melhor, maior.
Sou livre pra sorrir, e pra ser feliz.
Vou colorir meu mundo, com as cores
mais lindas e vivas que encontrar.
Vou alar meu coração, pra que busque
ele próprio a emoção.
Vou dar liberdade aos meus olhos,
pra que busquem as maravilhas.
Meus lábios libertos, dirão poesias.
Minha voz, cantará as mais lindas melodias.
Sou liberdade, sou brisa, sou carícia.
Sou um ser livre, encontrei o paraíso!
(Ceci Poeta)
quinta-feira, 29 de abril de 2010
QUEM SOU EU?A SAUDADE?
Sou o momento que o orvalho deixa de namorar a flor
e se torna apenas mais uma gota do rio...
As marcas dos dedos femininos
deixadas na umidade da taça de vinho vazia;
O consentimento perdido do beijo esperado;
A despedida do telefonema desejado
em que não se diz nem se ouve as palavras
Imaginadas...
A adolescência que me abandonou
deixando aqui maduro um corpo
que sabe de cor as cambalhotas
e aventuras tantas
mas que não se atreve mais aos riscos...
Mas sou também o cheiro que sua nuca deixou em minhas mãos...
Sou a esquina que dobra a rua
Que me leva ao quarto
Que me leva ao canto
Que acende o abajur
Que abre o caderno
Que cheira a mão esquerda
E escreve com a direita
Como foi bonito de se ver o momento exato
em que a lua de hoje já apareceu atrevida como nunca...
Lupi - Luciano Lopes
terça-feira, 27 de abril de 2010
Prelúdio
.
Lembro-me de vê-lo, numa noite ardente,
Onde uma festa acontecia, sons ruidosos
Ao longe eu o via com alguém, risos radiosos
E essa imagem viva ficou em minha mente.
.
Hoje torno a vê-lo, seu olhar dolente
Lábios que se abrem, lembram frutos saborosos;
Um amor, um desejo de muitos beijos vigorosos,
Ser a única mulher que ele veja à sua frente.
.
Que esta lua seja testemunha desse amor,
Com cenário perfeito de um conto de fadas
Onde me atiro, já sem nenhum temor.
.
É uma visão do meu sonho, desejo e clamor
Que à noite cintila e nos põe a uma rodada,
Fazendo meu corpo ser riso e tremor.
.
Betania Uchoa
Lembro-me de vê-lo, numa noite ardente,
Onde uma festa acontecia, sons ruidosos
Ao longe eu o via com alguém, risos radiosos
E essa imagem viva ficou em minha mente.
.
Hoje torno a vê-lo, seu olhar dolente
Lábios que se abrem, lembram frutos saborosos;
Um amor, um desejo de muitos beijos vigorosos,
Ser a única mulher que ele veja à sua frente.
.
Que esta lua seja testemunha desse amor,
Com cenário perfeito de um conto de fadas
Onde me atiro, já sem nenhum temor.
.
É uma visão do meu sonho, desejo e clamor
Que à noite cintila e nos põe a uma rodada,
Fazendo meu corpo ser riso e tremor.
.
Betania Uchoa
domingo, 25 de abril de 2010
carinhos alados
as tuas curvas são melodias sonóricas
que esse meu coração oscila ao pulsar
e a invandir sensualmente as bocólicas
notas musicais pautadas no doce amar
despetalado e nos enchendo de glórias
semeadas pelo teu amor a me sussurrar
palavrões diatônicos mudando a história
de nossas vidas velejadas na brisa-mar
causando ciúmes amádos, despetalados
os seios da rosa espinhando o meu amor
totalmente sangrado, terno e desarmado
pelas operetas e pelos carinhos néctados
nos beijos roubados pelo cisne, beija-flor
Eu velejo tuas ondas. Eu, teu cavalo alado.
Sérgio, Beija-flor-poeta
sábado, 24 de abril de 2010
QUERO-TE
Quero-te no amor desmedido da paixão adolescente,
De desejo incoerente e desconexo, sem causa e razão.
Em devaneios insensatos e delirantes da vontade fugaz,
Sem o receio capaz de culpa, na inocência da emoção.
Desejo-te sem controle absoluto da lógica adequada,
Sem medida conhecida, desatinado sem pretexto.
Na coerência ilógica e descabida do dilúvio delirante,
Sem o medo da sorte, amando-te no meu contexto.
Por ti sou irresponsável e extravagante como o sentimento,
Arrebatador como o tormento e exótico como o sonho.
Na excentricidade ajustada e exagerada do reino eterno,
Sem a temeridade do inverno, amar-te-ei indelevelmente.
(Daez Savó)
quinta-feira, 22 de abril de 2010
"ACALENTO"
Eu só queria um ombro para encostar e dizer a
falta que o Ser Humano me faz,
Eu só queria me acomodar em um colo,
e sentir o calor do amor,
assim como o corpo é aquecido
quando exposto ao raio do sol.
Eu só queria não ser tão ausente
no coração de tanta gente...
Eu queria quase nada...
Tão pouco o que eu queria...
Queria compreensão, ternura e um pouco de razão,
Queria um sorriso gostoso despretensioso,
Um abraço doado, apertado, sensibilizado.
Um Te amo de coração...
Queria ganhar um pouquinho de algum chão,
sem poeiras da imaginação.
Queria continuar a acreditar que pessoas
ainda são capazes de se doar.
Eu só queria dentro do mundo com tanta gente ,
Ter o imenso prazer, de pelo menos à alguém dizer:
Por ti vale todo meu viver!
Eu, Simplesmente queria...
Eu só queria...
(Cora Maria}
falta que o Ser Humano me faz,
Eu só queria me acomodar em um colo,
e sentir o calor do amor,
assim como o corpo é aquecido
quando exposto ao raio do sol.
Eu só queria não ser tão ausente
no coração de tanta gente...
Eu queria quase nada...
Tão pouco o que eu queria...
Queria compreensão, ternura e um pouco de razão,
Queria um sorriso gostoso despretensioso,
Um abraço doado, apertado, sensibilizado.
Um Te amo de coração...
Queria ganhar um pouquinho de algum chão,
sem poeiras da imaginação.
Queria continuar a acreditar que pessoas
ainda são capazes de se doar.
Eu só queria dentro do mundo com tanta gente ,
Ter o imenso prazer, de pelo menos à alguém dizer:
Por ti vale todo meu viver!
Eu, Simplesmente queria...
Eu só queria...
(Cora Maria}
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Aquarela azul
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Das Rosas...
Brindemos, todas as manhãs,
meu amor, com um tilintar de rosas,
ora brancas, ora carmim,
ora singelamente rosa.
Que símbolos melhor alinhavados
Para o bordado do amor
Poderia no mundo haver
Que os motivos da rosa:
Cor em choque, rubros beijos,
Alvos, raros pássaros
Que às vezes pousam em meu jardim.
Que outras formas mais completamente
Revelariam o que sentimos, este amor
Em cores tantas, em múltiplas instâncias:
Rosa dos ventos em caprichos de lua
Ora a negar-nos, ora a nos conceder
Por inteiro o seu perfume, a sua face.
Brindemos, pois, amantes,
Com o mais fino licor das rosas,
Tão finitas & sempre vivas,
Tão óbvias & super novas,
Tão dolorosamente espinho
E ainda amorosamente rosas:
Eis o amor
Em sua mais irretocável metáfora –
O resto são prosas.
© Fernando Campanella
meu amor, com um tilintar de rosas,
ora brancas, ora carmim,
ora singelamente rosa.
Que símbolos melhor alinhavados
Para o bordado do amor
Poderia no mundo haver
Que os motivos da rosa:
Cor em choque, rubros beijos,
Alvos, raros pássaros
Que às vezes pousam em meu jardim.
Que outras formas mais completamente
Revelariam o que sentimos, este amor
Em cores tantas, em múltiplas instâncias:
Rosa dos ventos em caprichos de lua
Ora a negar-nos, ora a nos conceder
Por inteiro o seu perfume, a sua face.
Brindemos, pois, amantes,
Com o mais fino licor das rosas,
Tão finitas & sempre vivas,
Tão óbvias & super novas,
Tão dolorosamente espinho
E ainda amorosamente rosas:
Eis o amor
Em sua mais irretocável metáfora –
O resto são prosas.
© Fernando Campanella
domingo, 18 de abril de 2010
A Senha
A vida
Um enorme jardim
Regado com os sonhos
E inconstâncias sem fim
Espinhos, sim
Compensados pela beleza
No topo da haste, as rosas,
Delicadas em sua riqueza
Frágeis nas duras tempestades
Lírico em suas alacridades
É o tempo fazendo oportunidade
É a magia da diversidade
Digitando segredos
Agarrando entre os dedos
O fio do amor e honestidade
Para só assim neste jardim
O sol brilhar de verdade...
É a senha.
Luciano Spagnol
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Pele!
Flores rosa de paineira
Cobria a relva qual tapete
E no contraste da tarde morna
Tu te aninhavas em meus braços
E quem nos visse veria um só
Tua pele de seda branca avermelhava-se
Quando de encontro á minha que te buscava
Nossa nudez não tinha acanhamento
Pois estávamos vestidos de nosso amor
E o tempo que nos esperasse
Pois aquele momento para nós era eterno
E a única coisa que nos importava
Era o contato de nossas peles
Todo o mais não fazia sentido!
Santaroza
sábado, 10 de abril de 2010
A Essência da Inocência
O nascer do sol
Tocando montanhas
E o alto mar
O espalhar das estrelas
Que flutuam no céu
E bailam no ar
O rompimento do botão
Que sem saber de cor
Vira a mais bela flor
A quebra do casulo
Que protegia o seu coração
E você descobrindo o amor
A toalha que cai
Descobrindo seus medos
E você menina lua
Ficando na luz da madrugada
Completamente nua
A primeira letra
Que compõe a canção
A primeira nota
Que inspira seu coração
A pontuação da poesia
Nosso caminhar noturno
Quando nos beijamos
Sob a chuva fria
A essência da inocência
Pássaro que voa baixinho
Falando ao seu ouvido
Meu amor você é meu único caminho
Luz do oriente
É escuridão no ocidente
Quanto mais eu te amo
Mais e mais eu te amarei
E isso faz da nossa essência
Um toque de paixão inocente
Que é o toque da chuva na janela
Pra saudar a sua alma
Que em meu olhar se faz presente.
Everson Russo
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Te Quero Porque é Amor
Não te espero, só porque te quero.
Te quero, como sei que eu nunca quis alguém assim.
Não te espero, só porque te quero.
É porque te quero só pra mim...
Te quero na minha vida, na minha paixão.
Te espero, em todos os momentos e não só na solidão.
Não te espero, só porque te quero.
Te quero em um beijo, em um abraço.
Te espero no cansaço, no acaso nos momentos de ilusão.
Não te espero, só porque te quero.
Te quero porque não é paixão, é um amor sem fim.
E quero porque quero, te esperar.
Como nunca esperei por alguém assim
Celi Luzzi
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Afago
segunda-feira, 5 de abril de 2010
A JANGADA
Eis a minha Jangada em Mar-Eterno!
As ondas que se amansem pois vou só...
A minh`alma fechada como um nó
Renunciou ao mundo em desgoverno...
.
Eis-me Navegador ou Marinheiro
E Náufrago por pura vocação!
O mar nunca me nega o meu quinhão
Dos versos que lhe dou a tempo inteiro...
.
O meu destino é líquido, infinito,
(se não lhe encontro o fim, nunca o terá..)
Perpetuado em raios de luar...
.
Porque me beija a lua enquanto a fito,
Aquilo que escrevi não morrerá
Enquanto a Lua-Mãe assim me olhar!
Maria João Brito de Sousa
sábado, 3 de abril de 2010
Dá me a tua mão
Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
Clarice Lispector
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Deus
Eu me lembro! Eu me lembro! - Era pequeno
E brincava na praia; o mar bramia,
E, erguendo o dorso altivo, sacudia,
A branca espuma para o céu sereno.
E eu disse a minha mãe nesse momento:
"Que dura orquestra! Que furor insano!
Que pode haver de maior do que o oceano
Ou que seja mais forte do que o vento?"
Minha mãe a sorrir, olhou pros céus
E respondeu: - Um ser que nós não vemos,
É maior do que o mar que nós tememos,
Mais forte que o tufão, meu filho, é Deus.
Casimiro de Abreu
quinta-feira, 1 de abril de 2010
QUANDO FORES VELHA
Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;
Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas.
William Butler Yeat
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