terça-feira, 27 de outubro de 2009

Venham buscar um carinho



"Compartilho esse sêlo recebido de “MY Jardin de Premios” a todos os meus seguidores
E a quem vier visitar-me. Espalhando meu carinho e amizade.


M@ria

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Arco íris da vida...


Se eu quiser que o céu seja cor de rosa
Vou morrer querendo
Não entendo,o céu é meu
É da cor que estou vendo

A rosa...não tem que ser cor de rosa
Pode ser vermelha,amarela ou branca
Não importa a cor...ela é bela
Perfuma e encanta

O sol então é amarelo?
No meu olhar,é da cor que eu quero
Pode ser um erro de cálculo
Com ou sem cor,é um grande espetáculo

O mar que cor será?
Azul,verde ou vermelho?
Guarda tantos mistérios
Pode ser amarelo

O luar...que belo luar
Em cada fase que está
O luar é dos apaixonados
Quando olha pra mim
Sua cor é carmim

O amor é incolor,você escolhe a cor
O meu tem cor desconhecida
Vou pintar o meu amor
Com a cor mágica da vida


Marisa de Medeiros

Sonata a quatro mãos...


Um dia o amor,
em meu coração chegou
Fez-se alegria,fez-se morada,
fez-se senhor.
Despertou o beija-flor,
desabrochou a primeira flor.
Era uma linda sonata,
tocada a quatro mãos
Mas surgiu o ciume,
que o amedrontou
E fez com que meus sonhos
desmoronassem.
Inseguro, frágil e indefeso
Meu coração chorou.
Minha sonata acabou
Restando-me a saudade
Que canta uma canção de mágoa
que se traduz em tristes pingos
d'água.


Clicia Pavan

Posso escrever os versos mais tristes esta noite


Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.


Pablo Neruda

domingo, 25 de outubro de 2009

A Razão do Poema


Do que é feito o poema?
Barro de essência invisível?
Nuvem de tons arcoirizados?
Elementos dispersos,
Pelo poeta magnetizados?
Ou densa identidade
de expressão incontida?
O poema é amante,
Sentimento levitante
Viagem santa e atrevida
Pulso de um sonho em prece
Aborto, parto, nascente.
O poema é só palavra
E o poeta: inconseqüente...


Eurídice Hespanhol

O Ramo de Flores do Museu, 2


Que fantasmas lerão, nas incolores
pétalas, as mensagens não aceitas
em nítidos momentos anteriores?
Que fantasmas verão a vossa airosa
figura erguendo as claras mãos desfeitas,
noutro império, a uma luz mais gloriosa?
Ó cinérea Princesa, é muito densa
do mundo humano a trama das neblinas…
A floresta do absurdo é negra, é imensa,
e as sibilas se escondem, repentinas.
Crepitam os junquilhos e as boninas
a um vento secular de indiferença.
Mas, entre vãs paredes vespertinas,
o ramo existe, sem que a morte o vença.


Cecília Meireles

sábado, 24 de outubro de 2009

Romance ingénuo de duas linhas paralelas


Duas linhas paralelas
muito paralelamente
iam passando entre estrelas
fazendo o que estava escrito:
caminhando eternamente
de infinito a infinito.

Seguiam-se passo a passo
exactas e sempre a par
pois só num ponto do espaço
que ninguém sabe onde é
se podiam encontrar
falar e tomar café.

Mas farta de andar sozinha
uma delas certo dia
voltou-se para a outra linha
sorriu-lhe e disse-lhe assim:
«Deixa lá a geometria
e anda aqui para o pé de mim...»

Diz a outra: « Nem pensar!
Mas que falta de respeito!
se quisermos lá chegar
temos de ir devagarinho
andando sempre a direito
cada qual no seu caminho!»

Não se dando por achada
fica na sua a primeira
e sorrindo amalandrada
pela calada, em um grito
deita a mãozinha matreira
puxa para si o infinito.

E com ele ali à frente
as duas a murmurar
olharam-se docemente
e sem fazerem perguntas
puseram-se a namorar
seguiram as duas juntas.

Assim nestas poucas linhas
fica uma estória banal
com linhas e entrelinhas,
e uma moral convergente:
o infinito afinal
fica aqui ao pé da gente.


JOSÉ FANHA

Poema-Oração


A todos os ventos
eu peço coragem.
A cada estrela e estrada
Ao mar que não morre nunca
eu peço coragem.
E ao sol e à lua
E a todo o firmamento.
A cada pássaro
A cada pedra
A cada bicho da terra e do ar
Peço coragem a tudo o que vive agora
E ainda viverá
Coragem para cavalgar os dias
Navegar nas horas
E a cada minuto e segundo sonhar.


(Roseana Murray)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

SE


se por acaso
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso
de noite uma farra
a gente ia viver
com garra


eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto


ia ser um riso
ia ser um gozo
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio


daí vá ficando por aí
eu vou ficando por aqui
evitando
desviando
sempre pensando
se por acaso
a gente se cruzasse...


Alice Ruiz

SUAVE


como pura seda,
colo leve pluma,
úmida bruma,
passos macios.
enreda, intriga,
mistério, enigma.
queima tal urtiga.
estranho paradgma.
em forma de mulher.
gestos amenos,
porte pleno.
doces acenos
distantes.
instante de calma;
lava a alma,
enxuga os olhos.
e me diz desconexa:
-não sei porque venho...
mil razões tenho,
um sentimento solitário;
latente, saltando do peito.
que tomou conta de mim.
dura eras, ano.
vai ouvir sempre assim:
vem...
fica;
só porque te amo...


gustavo Drummond

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Garimpar poético


Não esqueças, amada:
A poesia, como o oxigênio,
Está em toda parte.
- É só captá-la
Nas cores, nos sons
E no ritmo constante
Da vida circunjacente.
Não sejamos rígidos
Ao moldar o amálgama
Dos nossos desejos.
Concretiza o abstrato
Com a alquimia da doçura
Na medida certa.


João de Souza Machado

Retalhos


Uni os pedaços de minha existência
e fiz uma colcha de retalhos.
Engraçado ver como
até os momentos mais tristes
contribuem para a beleza da obra...

Minha colcha não poderia ter
somente as cores do amor
porque eu também conheci a dor...

Não poderia ter
somente a alegria dos amigos
porque, em algum lugar,
há de ter alguém que não goste de mim...

Não poderia ter
somente a estampa dos sorrisos que provoquei
porque sei que lágrimas também deixei...

É com ela que me cubro
quando sinto a tristeza chegar.
É ela que sempre afasta o meu pesar...

É quem me traz lembranças do que vivi,
me acolhe, em seu doce aconchego,
e me mostra o muito que ainda tenho a caminhar.

E o melhor
é que ela ainda não chegou ao fim.
Não dei o arremate final desta minha biografia.
Continuo unindo retalhos,
costurando pedaços de mim...


Georgea Fontes

Perdidamente...Ser Poeta


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!


Florbela Espanca

SER POETA


É derramar sua emoção na tela,
É saber que será incompleta,
É chorar na solidão da espera,
É amar mesmo que nada encontre
Para lhe oferecer felicidade bela.

Ser Poeta
É olhar as pessoas com a alma,
É se entregar ao amor com calma,
É ser maior do que a vida dá,
É olhar chorando o que não
Entende e sempre perdoar.

Ser Poeta
É possuir serenidade e beleza,
É amar a natureza,
É se doar por inteira,
É ter a alma repleta de pureza.

Ser Poeta
É ser maior do que menor recebe,
É saber conviver com o nada,
É mostrar sua nudez com graça,
É encontrar o amor na solidão da alma.


MÁRCIA ROCHA

terça-feira, 20 de outubro de 2009

IMPOSSÍVEL


Quero pra mim nesse amanhecer
A boca cheia d’aguardente,
Os olhos cheios de paisagens,
Os ouvidos cheios de bemóis,
E um sorriso que seja eterno.

Quero pra mim nesse entardecer
Uma melancia vermelhinha,
Um mar repleto de horizontes,
Uma pauta e uma clave de sol,
Nos dentes a brancura d’alma.

Quero pra mim nesse reencontro
O beijo ávido e imaculado,
A nudez santa e pecadora,
A melodia impertinente,
E uma alegria inescusável.

Quero pra mim, mesmo morrendo,
A tua mais preciosa presença.


Oswaldo Antônio Begiato

Borboletas são livres


Borboletas são livres
Minha alma também.
Anseio liberdade, beleza e amor
De ir, vir e sentir
Paixão, ar, calor.

Preciso criar...Voar
Sentir o vento nos cabelos
Mas os pés no chão.
Quero abraço
Mas quero espaço.

Mulher borboleta
Pequenina e voraz
Tem um vôo que seduz
Uma beleza que satisfaz.

Possuidora de uma leveza que conduz
De uma força que induz.
Sua fragilidade lhe traduz
Uma mulher que reluz!

Precisa de arte
Precisa que invada.
Que o coração dispare
Que a saudade mate.

Não a prenda
Traga flores para que venha.
Ela não é para qualquer um
Ela é da natureza
Ela é dela.

Tranque-a e ela morre.
Sopre-a no vento...
Que ela vai.
Mas espere
Pois ela volta.


(Carolina Salcides)

domingo, 18 de outubro de 2009

MARIA-ESTRELA


O rancho no pé-da-serra,
O engenho, o Riacho e o pomar;
O cafezal verdejante,
Na terra vermelha a florar:
Morava ali um caboclo,
Bastante feliz por amar,
A meiga e linda Maria,
Que, um dia,
Com ele subiu ao Altar.

E ele, às tardes, sentava,
Bem rente a um pé de jasmim,
E ali, com a sua viola,
À ela cantava assim:

" Maria! Não existe outra Maria,
Igual a você, entre as Marias,
Neste mundo de meu Deus...
Maria! Seu sorriso me embriaga,
E o luar até se apaga,
Ante a luz dos olhos seus."

Mas, certo dia, Maria
Doente ficou, foi com Deus:
E hoje o caboclo olhando pro céu,
Pergunta às estrelas que vê:
"Qual de Vocês é Maria?
Maria, que estrela é você?
Desça do Espaço sem fim,
Para ouvir os meus versos assim:"

"Maria! Não encontro outra Maria,
Igual a você, entre as Marias,
Neste mundo de meu Deus...
Por isso, quando o sol vier raiar,
Ele é que vai se apagar,
Nas águas dos prantos meus."


Sá de Freitas

Inconfesso Desejo


Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo


" CARLOS DRUMOND DE ANDRADE "

sábado, 17 de outubro de 2009

LA CUISINE EN FLEUR


Pega as rosas do ciúme
e os espinhos do jardim
e os refoga no perfume
dos ramitos de alecrim...

Coração ao fogo brando
para a alma me aquecer
vai em breve refogando
meus desejos de viver...

Espera chegar ao ponto
em que a liga dê prazer
onde tudo seja encanto
pelo encanto de viver...

E de noite à luz da vela
em cada prato uma flor
eu tomo dos lábios dela
um sobrebeijo de amor...


Afonso Estebanez

Eternidade de um amor...


Alinhados...
Presos ao tênue
Liame da eternidade
Eu e você...
Uma história milenar,
Um amor sem fronteiras,
Livre em prados,
Banhando em perfume
Campestre...
Exaltado nas melodias
Apaixonadas,
Versejado em noites
Cálidas e envolventes.
Unidos...
Ornados por crepúsculos
Amorosos, por desejos
Intensos a cada momento
Juntos... Eternamente...
Eu e você.


((Cida Luz))

SONETO EM DOR MAIOR


O amor que eu me desejo, tem cheiro de alvorada,
tem cor de lua cheia, nas brisas de jasmim...
Amor que me incendeia nos sons da madrugada
e tece com estrelas, os sonhos que há em mim.

O amor que eu tanto espero, tem boca apaixonada,
seu coração galopa por meu começo e fim;
me entrega seus silêncios, su’alma desnudada...
É beija-flor imerso, na flor do meu jardim!

O amor dos meus cantares, de rimas passionais,
é puro qual o orvalho, tão vasto quanto o mar,
não anda por atalhos, seu rumo é só me amar.

Que venha em vôo breve, dos céus dos imortais,
e então a vida eu sinta, com todo o seu ardor...
E olvide a Dor Maior, que jurei, fosse o amor!


- Patricia Neme –

INFINITO INVENTADO


Sem base pra firmamento...
asfixiado valsa pelo ar
como tonta borboleta perdida em desatino.

Falta um sopro...um norte...um rumo
nesse seu infinito inventado.

Despenca do ar como gota de orvalho
e pousa nas terras do meu corpo.
...docemente.

Os lábios á procura dos meus
feito planta em desatino.

E pleno...
deposita o pólen doce de suas asas.


Rosy Moreira

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

AMO


Amo, com toda a força do meu peito,
e é por amar assim que sou feliz.
construí, aos poucos, este amor perfeito,
que sabe ser amor, sabe o que diz.


Amo, com um amor todo ele feito
para nunca acabar pois sempre quis
ter um amor assim, tão do meu jeito,
e para tê-lo, tanta coisa fiz!


Amo, como se o amor - coisa tão doce -
fosse maior que tudo o que eu aspiro,
fosse melhor que tudo o que já trouxe.


Amo, e até meu último suspiro
vou amar este amor como se fosse
a água que bebo e o ar com que respiro.


Théo Drummond

Encanto do rio


É encanto do rio, as espumas,
que nas pedras saltam felizes,
Encanto que passeia em minh'alma,
em uma correnteza de luz...

Em que levas minha poesia,
Meu poema sentido e faceiro,
Nos pés dos pássaros enrroscando,
dos galhos levando sementes...

É encanto e magia,
da vida que há em mim...
é o gesto divino passeando
no meu ser, em forma de poesia...

Lavando minhas memórias,
semeando meus desejos,
nos recôndidos dos sentidos,
se me lembro, são lampejos...

O mesmo rio que brota em mim,
como lágrima feliz,
derram-se em cascata,
nos meus sonhos de criança,

Carrega minha mais profunda emoção!


Mando Mago Poeta

terça-feira, 13 de outubro de 2009

POEMA A UMA DEUSA TERRENA


Que te cubram as folhas do plátano
quando a tarde esmaece nos jardins
a claridade gasta em fins de outubro.

Que sejas a mais solene a mais alta
nas lonjuras da abstrata serenidade
nas glórias do incenso na abnegação.

Que sejas a mais firme a mais ágil
nos desfiladeiros rudes da montanha
na transparência na nudez da água
na fortuna na mágoa alheia.

Que te cubram os mistérios até ao fim
na estrada por onde adoro o teu regaço:
a interior presença cintilante, encoberta,
das palavras que ressoam nos meus olhos.


Vieira Calado

Basta um raio de luar, basta uma fresta de sol,
Basta uma estrela a brilhar, basta a flor no seu crisol.
Basta um olhar de ternura, basta um beijo delicado,
Basta um abraço de amor, e o verso nasce letrado.
Basta o balanço do vento, basta a palmeira soprada,
Basta a criança feliz, basta o passo numa estrada.
Basta um minuto de calma, rimando ou fazendo prosa,
Basta sim, para o poeta; pouca coisa, é grandiosa!
Basta o amor no coração e uma ternura sem fim,
Bastou a tua amizade e o verso nasceu assim.

Mírian Warttusch

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

vida alfabética


as reticências
dos meus lábios te vendo,
as vírgulas
do meu olhar assim fervendo,
as interrogações
dos meus caracóis
são notas musicais
tão simples, tão bemóis
grafados na silhueta
do meu amor
cheio de ternura
a te flechar.
Eu, logo eu,
uma amazonas
cuja lança certeira
se faz bico de pena
pra te acertar,
ó dilema
de paixão estonteante.
Ainda que distante
hei de te perfurar
em pleno voo,
minha asa do destino,
esse amor peregrino
encontra em mim
seu abrigo:
vem comigo.
Tu me ensinas a beijar
e eu te ensino a voar.


Sergio, beija-flor-poeta

Nas asas do vento


Nas asas do vento eu cavalgo
Levando todos os meus sonhos
Para o mundo das ilusões
Meus pensamentos cavalgam
Entre mares, e montanhas
Em terras que nem conheço
Em outro mundo entrei...

Os pensamentos me levam
A lugares tão distantes,
Ó... se, eu pudesse deter
Meus pensamentos aqui
Meus pensamentos cavalgam
No mundo das ilusões
O sonho é tão real
Aqui tudo é mais bonito.

O oceano é mais calmo.
Este mundo é bem, melhor
Aqui existe silêncio
Só musica suave ouço
Tudo aqui é tão, bonito,
Deus também está aqui.


Terezinha c werson

domingo, 11 de outubro de 2009

O que te trago!


Trago-te versos,
Por certo querias beijos,
Mas trago-te versos,
Pois carregam mais que ensejos!

Trago-te meus versos,
Pois neles estão meus desejos,
Trago-te em versos,
Todos os meus beijos!

Trago-te versos,
Que saíram de além mar,
Trago-te versos,
Onde conjugo o verbo amar!

Pois trago-te versos,
Carentes e a suar,
Trago-te versos,
Sedentos por te beijar!


Santaroza

Como quem procura a alma


No caminho tão silente do sem fim...
Parti com anjos, na verdade: Serafins!
Pela estrada, fui além de uma jornada...
Fui além céus, muito além da encruzilhada.

Passei por mundos, visitei os submundos;
Os esquecidos, sentimentos mais perdidos.
Vi céu azul, infinitas madrugadas;
Vi sóis e luas... vi estrelas prateadas.

Mas não te vi, nessa minha caminhada;
Mesmo sabendo que estava pela estrada.
Em nenhum céu que passei vi minha amada.
Eu não te achei, foi em vão minha jornada.

Eu fui com anjos, Serafins - sempre ao meu lado;
Te procurando realmente passo a passo.
Na estrada do amar com toda calma...
Te procurei como quem procura a alma


Adriano Húngaro